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SALTAR PARA O FIM

Chelas (ou Xellas, como também se escrevia na
altura) é uma zona rural de conventos e
campos agrícolas que começa a acolher uma
série de indústrias do sector primário.

Instalam-se na frente ribeirinha do Beato a
fábrica de massas, farinhas e cereais João de
Brito —“A Nacional” e a Fábrica de Tabacos de
Xabregas, que ocupa o antigo Convento de São
Francisco de Xabregas.

Almeida Garrett publica o livro Viagens na
Minha Terra, onde descreve a “frescura das
hortas” e os “palácios” e “mosteiros” do Vale
de Chelas, que considera a segunda saída mais
bela de Lisboa, depois de Belém.

É inaugurada a linha de caminho de ferro do
leste (hoje parte da linha do norte), uma das
primeiras de Portugal, que liga Lisboa ao
Carregado.

São definidos os novos limites de Lisboa
e Chelas passa a fazer parte de Lisboa.

Chelas é classificada como um “bairro
clandestino” pela Câmara Municipal de Lisboa,
depois de milhares de famílias de outras
regiões do país terem migrado para ali.

É finalizado o Plano Geral de Urbanização e
Expansão de Lisboa, que define Chelas como
uma das zonas estratégicas para a expansão da
cidade.

É criada a freguesia de Marvila, à qual Chelas
passa a pertencer.

Chelas tem 711 barracas, onde vivem 3034
pessoas e 806 famílias. O Beato conta 20 129
habitantes e Marvila 20 001.

Paulo Rocha estreia Os Verdes Anos, clássico
do cinema português que mostra as encostas
arborizadas e as hortas do Vale de Chelas.

É finalizado o Plano de Urbanização de Chelas,
que prevê uma articulação com o resto da
cidade e a construção de habitação, escolas,
centros culturais, espaços de comércio, jardins
e zonas de lazer.
Dá-se o nome de letras de alfabeto aos
diferentes bairros de Chelas —Zona I é a
primeira, seguem-se a Zona J, Zona L, Zona M,
Zona N1 e N2.

Apenas um quarto das casas da “malha de
Chelas” tem condições mínimas de
habitabilidade.

Começa a construção da urbanização de
Chelas, mas as habitações informais e
abarracadas continuam a aumentar durante
várias décadas.

A Zona I está a ser finalizada, mas o resto da
urbanização de Chelas está ainda por fazer.

Começam a chegar a Portugal milhares de
pessoas vindas das ex-colónias em África que
auto-constroem as suas habitações em
terrenos baldios da cidade, como em Chelas.

São ocupados informalmente 389
apartamentos ainda em construção na Zona I.

Nela, a mãe de Pedro Lopes, vem da
Guiné-Bissau para Portugal e estabelece-se em
Lisboa.

Concluem-se as obras dos prédios da Zona J,
mas está ainda por iniciar a construção de
várias zonas do bairro e a maioria das estradas
que ligam Chelas ao resto de Lisboa.

Pedro Lopes nasce.

Portugal entra na Comunidade Económica
Europeia (CEE). O investimento do Estado em
habitação passará a ser aplicado sobretudo na
compra de casa própria, na construção de
habitação social e na erradicação de barracas.

Inicia-se o Programa Especial de Realojamento
(PER), que pretende erradicar os bairros de
barracas do país.

Estão em construção os viadutos que
articularão Chelas com o resto da cidade de
Lisboa.

Estão em construção os viadutos que
articularão Chelas com o resto da cidade de
Lisboa.

Portugal acolhe a EXPO’98 e a zona oriental de
Lisboa passa a estar articulada com o resto da
cidade.

Lionel Vieira estreia o filme Zona J.

A pedido da Câmara Municipal de Lisboa é
elaborada uma paleta de cores para pintar os
prédios brancos das Zonas J.

Inicia-se o programa Caminho do Oriente, uma
parceria entre Câmara Municipal de Lisboa e as
empresas Ambelis e Parque Expo que promove
a deslocalização de artistas para a zona
oriental da cidade, através de incentivos
públicos e privados.

A Zona L passa a chamar-se Bairro das
Salgadas e Alfinetes, a Zona M Bairro do
Armador; a Zona N1 Bairro da Flamenga, a
Zona N2 Bairro dos Lóios; a Zona I1 e I2 Bairro
das Amendoeiras e Olival; e a Zona J Bairro do
Condado.

Começam a construir-se um conjunto de
edifícios que irão albergar serviços do Estado e
comerciais, como o supermercado Feira Nova.

A pintura colorida dos prédios das Zonas J é
considerada discriminatória e é interrompida.

As zonas J, X, Y, K de Chelas são classificadas
pela PSP como bairros problemáticos. O
“historial em desordem pública”, “o número de
residentes com antecedentes criminais” e a
“composição étnico social” são alguns dos
critérios usados para esta classificação.

Começa a falar-se na construção da III
Travessia sobre o Tejo que unirá, com uma
ponte, Chelas à cidade do Barreiro. Prevê-se
também a construção do Parque Hospital
Oriental e do Instituto Português de Oncologia.

O Governo define que os “bairros
problemáticos” passam a chamar-se “zonas
urbanas sensíveis”. A nova classificação é
aplicada às Zonas J, X, Y e K de Chelas.

A Câmara Municipal de Lisboa implementa o
programa Viver Marvila, com o objectivo de
reabilitar os bairros e o espaço público e
reduzir o estigma associado a esta freguesia.

É demolido o “Corredor da Morte”, um conjunto
de prédios na Zona J, onde Pedro Lopes vivia
com a família antes de se mudar para o bairro
da Flamenga.

Pedro Lopes muda de casa.

Pedro Lopes começa o ano na esquadra dos
Olivais.

O pai de Pedro Lopes morre na Guiné-Bissau.

É lançada uma petição para que não se altere o
nome do bairro de Chelas.

“Chelas é o sítio”

Chelas (ou Xellas, como também se escrevia na
altura) é uma zona rural de conventos e
campos agrícolas que começa a acolher uma
série de indústrias do sector primário.

Legenda: Valle do Convento de Xellas, Luiz Gonzaga Pereira | 1809
Legenda: Montanha da Quinta do Magalhaens, 1809, Luiz Gonzaga Pereira.
Legenda: Carta topográfica da linha de defesa da cidade de Lisboa | 1835

Instalam-se na frente ribeirinha do Beato a
fábrica de massas, farinhas e cereais João de
Brito —“A Nacional” e a Fábrica de Tabacos de
Xabregas, que ocupa o antigo Convento de São
Francisco de Xabregas.

Legenda: A antiga Fábrica de Tabacos de Xabregas, 1859, João Pedrozo.

Almeida Garrett publica o livro Viagens na
Minha Terra, onde descreve a “frescura das
hortas” e os “palácios” e “mosteiros” do Vale
de Chelas, que considera a segunda saída mais
bela de Lisboa, depois de Belém.

Legenda: As igrejas de N. S. Madre de Deos e Xabregas, 1835-1837, Luiz Gonzaga Pereira.

É inaugurada a linha de caminho de ferro do
leste (hoje parte da linha do norte), uma das
primeiras de Portugal, que liga Lisboa ao
Carregado.

Legenda: Caminhos de Ferro de Lisboa a Badajoz, 1857, João Pedrozo e João Cristino da Silva.
Legenda: Atlas da Carta Topográfica de Lisboa, 1856-1859, Filipe Folque, Carlos Pezerat, Francisco Goullard e César Goullard.
Legenda: Carta topographica da cidade de Lisboa, 1884, Mesquita Sénior Maia.

São definidos os novos limites de Lisboa
e Chelas passa a fazer parte de Lisboa.

Chelas é classificada como um “bairro
clandestino” pela Câmara Municipal de Lisboa,
depois de milhares de famílias de outras
regiões do país terem migrado para ali.

É finalizado o Plano Geral de Urbanização e
Expansão de Lisboa, que define Chelas como
uma das zonas estratégicas para a expansão da
cidade.

É criada a freguesia de Marvila, à qual Chelas
passa a pertencer.

Chelas tem 711 barracas, onde vivem 3034
pessoas e 806 famílias. O Beato conta 20 129
habitantes e Marvila 20 001.

Paulo Rocha estreia Os Verdes Anos, clássico
do cinema português que mostra as encostas
arborizadas e as hortas do Vale de Chelas.

É finalizado o Plano de Urbanização de Chelas,
que prevê uma articulação com o resto da
cidade e a construção de habitação, escolas,
centros culturais, espaços de comércio, jardins
e zonas de lazer.
Dá-se o nome de letras de alfabeto aos
diferentes bairros de Chelas —Zona I é a
primeira, seguem-se a Zona J, Zona L, Zona M,
Zona N1 e N2.

Apenas um quarto das casas da “malha de
Chelas” tem condições mínimas de
habitabilidade.

Começa a construção da urbanização de
Chelas, mas as habitações informais e
abarracadas continuam a aumentar durante
várias décadas.

A Zona I está a ser finalizada, mas o resto da
urbanização de Chelas está ainda por fazer.

Começam a chegar a Portugal milhares de
pessoas vindas das ex-colónias em África que
auto-constroem as suas habitações em
terrenos baldios da cidade, como em Chelas.

São ocupados informalmente 389
apartamentos ainda em construção na Zona I.

Nela, a mãe de Pedro Lopes, vem da
Guiné-Bissau para Portugal e estabelece-se em
Lisboa.

Concluem-se as obras dos prédios da Zona J,
mas está ainda por iniciar a construção de
várias zonas do bairro e a maioria das estradas
que ligam Chelas ao resto de Lisboa.

Pedro Lopes nasce.

Portugal entra na Comunidade Económica
Europeia (CEE). O investimento do Estado em
habitação passará a ser aplicado sobretudo na
compra de casa própria, na construção de
habitação social e na erradicação de barracas.

Inicia-se o Programa Especial de Realojamento
(PER), que pretende erradicar os bairros de
barracas do país.

Estão em construção os viadutos que
articularão Chelas com o resto da cidade de
Lisboa.

Estão em construção os viadutos que
articularão Chelas com o resto da cidade de
Lisboa.

Portugal acolhe a EXPO’98 e a zona oriental de
Lisboa passa a estar articulada com o resto da
cidade.

Lionel Vieira estreia o filme Zona J.

A pedido da Câmara Municipal de Lisboa é
elaborada uma paleta de cores para pintar os
prédios brancos das Zonas J.

Inicia-se o programa Caminho do Oriente, uma
parceria entre Câmara Municipal de Lisboa e as
empresas Ambelis e Parque Expo que promove
a deslocalização de artistas para a zona
oriental da cidade, através de incentivos
públicos e privados.

A Zona L passa a chamar-se Bairro das
Salgadas e Alfinetes, a Zona M Bairro do
Armador; a Zona N1 Bairro da Flamenga, a
Zona N2 Bairro dos Lóios; a Zona I1 e I2 Bairro
das Amendoeiras e Olival; e a Zona J Bairro do
Condado.

Começam a construir-se um conjunto de
edifícios que irão albergar serviços do Estado e
comerciais, como o supermercado Feira Nova.

A pintura colorida dos prédios das Zonas J é
considerada discriminatória e é interrompida.

As zonas J, X, Y, K de Chelas são classificadas
pela PSP como bairros problemáticos. O
“historial em desordem pública”, “o número de
residentes com antecedentes criminais” e a
“composição étnico social” são alguns dos
critérios usados para esta classificação.

Começa a falar-se na construção da III
Travessia sobre o Tejo que unirá, com uma
ponte, Chelas à cidade do Barreiro. Prevê-se
também a construção do Parque Hospital
Oriental e do Instituto Português de Oncologia.

O Governo define que os “bairros
problemáticos” passam a chamar-se “zonas
urbanas sensíveis”. A nova classificação é
aplicada às Zonas J, X, Y e K de Chelas.

A Câmara Municipal de Lisboa implementa o
programa Viver Marvila, com o objectivo de
reabilitar os bairros e o espaço público e
reduzir o estigma associado a esta freguesia.

É demolido o “Corredor da Morte”, um conjunto
de prédios na Zona J, onde Pedro Lopes vivia
com a família antes de se mudar para o bairro
da Flamenga.

Pedro Lopes muda de casa.

Pedro Lopes começa o ano na esquadra dos
Olivais.

O pai de Pedro Lopes morre na Guiné-Bissau.

É lançada uma petição para que não se altere o
nome do bairro de Chelas.

“Chelas é o sítio”

Legenda: Valle do Convento de Xellas, Luiz Gonzaga Pereira | 1809
Legenda: Montanha da Quinta do Magalhaens, 1809, Luiz Gonzaga Pereira.
Legenda: Carta topográfica da linha de defesa da cidade de Lisboa | 1835
Legenda: A antiga Fábrica de Tabacos de Xabregas, 1859, João Pedrozo.
Legenda: As igrejas de N. S. Madre de Deos e Xabregas, 1835-1837, Luiz Gonzaga Pereira.
Legenda: Caminhos de Ferro de Lisboa a Badajoz, 1857, João Pedrozo e João Cristino da Silva.
Legenda: Atlas da Carta Topográfica de Lisboa, 1856-1859, Filipe Folque, Carlos Pezerat, Francisco Goullard e César Goullard.
Legenda: Carta topographica da cidade de Lisboa, 1884, Mesquita Sénior Maia.
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